Vacina contra crack e cocaína

Calixcoca da UFMG vence o Prêmio Euro Inovação na Saúde e recebe 500 mil euros 

A equipe de pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) alcançou uma notável vitória ao receber o Prêmio Euro Inovação na Saúde pela sua inovadora vacina Calixcoca. Esta conquista não apenas celebra a pesquisa promissora que visa combater a dependência de cocaína e crack, mas também traz esperança para uma solução inovadora na área da saúde. A cerimônia de premiação, que aconteceu em São Paulo, homenageou a equipe da UFMG com um prêmio de 500 mil euros, reconhecendo seus esforços incansáveis e comprometimento em uma luta tão desafiadora. 

A Calixcoca representa um avanço significativo na pesquisa de tratamentos para a dependência de cocaína e crack. A vacina induz o sistema imunológico a produzir anticorpos que se ligam à cocaína na corrente sanguínea, transformando-a em uma molécula inofensiva, que não atravessa a barreira hematoencefálica. Resultados positivos em testes pré-clínicos mostraram segurança e eficácia no tratamento da dependência e na prevenção de consequências adversas em gestantes expostas a essas substâncias. 

O coordenador da pesquisa, professor Frederico Garcia, enfatizou o compromisso da equipe com aqueles que sofrem com a dependência química, reconhecendo os desafios enfrentados por pacientes e gestantes em busca de uma solução. No entanto, ele também destacou a importância de avaliar cuidadosamente a quem a vacina seria indicada, destacando que ela não é uma “panaceia” universal. 

Essa vitória, que foi escolhida como a iniciativa mais votada por médicos de 17 países, superou onze outras iniciativas inovadoras na área de saúde na América Latina, demonstrando o reconhecimento global da importância desse trabalho. O financiamento do projeto é crucial para a sua continuidade, com apoio dos governos federal e estadual, bem como emendas parlamentares, sendo uma parte fundamental do processo. 

A Calixcoca representa uma promessa brilhante na luta contra a dependência de cocaína e crack, e a UFMG está empenhada em avançar na pesquisa e na busca de parcerias para levar essa inovação àqueles que dela necessitam. A ciência brasileira e a comunidade de pesquisadores têm todos os motivos para celebrar essa realização, enquanto mantêm um olhar atento ao longo caminho que ainda está por percorrer. 

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