Valentina e a cannabis

Semana da inclusão: cannabis como aliada na deficiência intelectual e múltipla

Por João Negromonte

De 21 a 27 de agosto, celebra-se a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, um marco estabelecido pela Lei nº 13.585/2017. A data tem por objetivo primordial sensibilizar a sociedade sobre a urgência de políticas públicas e inclusão social para esse segmento populacional, ao mesmo tempo em que se busca erradicar preconceitos e discriminações.

Nesse contexto, surge uma comovente narrativa de superação e esperança. Larissa Izidorio Alves, daytrade de Fortaleza/CE, em busca de tratamento aprimorado para sua filha Valentina, enfrentou desafios intensos. Contudo, a trajetória delas se transformou ao abraçarem uma abordagem inovadora: o uso do canabidiol (CBD).

Veja o depoimento da mãe: 

Após inúmeras consultas com neuropediatras que resultaram em terapias com efeitos limitados, a mudança para São Paulo desencadeou um novo capítulo na jornada de Valentina. Diagnosticada com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Opositor Desafiador (TOD), Larissa, a mãe, hesitou inicialmente em adotar o canabidiol devido à falta de conhecimento. No entanto, a determinação de uma mulher em busca de soluções a levou para uma transformação.

A decisão de iniciar o tratamento com canabidiol (CBD), baseada em pesquisas e depoimentos de outras mães, provou ser um divisor de águas. Desde então, Valentina alcançou marcos impressionantes.

“Minha filha que não se sentava e nem falava, começou a falar suas primeiras palavras, ter maior participação na escola e na vida social, além de um comportamento mais adaptativo”, ressaltou Larissa ao lembrar a evolução da filha.

Esperança aliada à resultados tangíveis

A Dra. Amanda Medeiros Dias, médica integrativa especializada em psiquiatria infantil, enfatiza que a deficiência intelectual se origina de desafios no neurodesenvolvimento, impactando a aprendizagem e a execução de tarefas diárias. 

A cannabis, ela explica, pode ativar regiões cerebrais subutilizadas, estimular a neurogênese e influenciar a liberação de neurotransmissores essenciais para a cognição e o comportamento adaptativo.

“Estudos indicam que o canabidiol (CBD) possui a capacidade de regular a dopamina no cérebro. Além de demonstrar eficácia na normalização de falhas cognitivas ligadas a condições como esquizofrenia e transtorno de estresse pós-traumático. O composto da cannabis também é promissor na regulação de quadros de TDAH, como ilustrado no caso inspirador de Valentina”, salienta a médica.

Essa história de luta, determinação e sucesso serve como um testemunho dos avanços que podem ser alcançados quando a informação é aliada à pesquisa e à coragem de explorar novas opções de tratamento. 

A trajetória de Larissa e Valentina ecoa a importância de avançar o entendimento sobre o uso medicinal da cannabis e de promover uma sociedade mais inclusiva e consciente das diversas maneiras pelas quais a vida pode ser melhorada, por meio do acesso aos tratamentos eficazes.

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