O deputado federal e pastor Otoni de Paula (PSC-RJ) protocolou na Polícia Federal na segunda-feira (07) uma notícia-crime contra a apresentadora Fátima Bernardes. O motivo: o programa Encontro, da TV Globo, teria, na avaliação do deputado, feito apologia ao cultivo, uso e venda de maconha ao exibir a apresentação da cantora Ludmila no dia 23 de dezembro.
Na música “Verdinha”, canta a funkeira Ludmila: “Eu fiz um pé lá no meu quintal / Tô vendendo a grama da verdinha a um real / Eu fiz um pé lá no meu quintal / Tô vendendo a grama da verdinha a um real”.
No ofício ao diretor da PF, Maurício Valeixo, o político critica a apresentadora por mostrar no horário matutino uma música que, segundo ele, faz apologia às drogas e ainda afirmar que ela será “o hit do ano de 2020”.
“Pelo horário, deduz-se que, dentre os telespectadores, estejam considerável número de menores”, argumenta o deputado no documento.
No Twitter, a artista respondeu a iniciativa do político:
“Milhões de brasileiros, desempregados, sem moradia, hospitais sem vagas, a violência predominante, poluição a questão ambiental, a rede pública de educação miserável, mas o maior problema que o Brasil tem no momento é uma música que fala de alface”.
Milhões de brasileiros, desempregados, sem moradia, hospitais sem vagas, a violência predominate, poluição a questão ambiental, a rede pública de educação miserável, mas o maior problema que o Brasil tem no momento é uma música que fala de alface? brinca mais que a brincadeira. https://t.co/PqT7Me2SwL
— LUDMILLA (@Ludmilla) December 5, 2019
Quem também está em campanha contra a música da cantora Ludimilla é o ministro da Cidadania, Osmar Terra. Maior opositor às políticas de promoção da Cannabis medicinal no governo, o político foi ao Twitter pedir para “frear o Lobby da maconha”
“A maconha é uma drogai ilegal. É um crime o que a cantora está cometendo e ser exposto num programa às 11h é outro crime”, declarou o ministro.
Temos que frear o Lobby da maconha! pic.twitter.com/7zWV3Jq0gs
— Osmar Terra (@OsmarTerra) January 6, 2020
Com informações de VEJA